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INTRODUÇÃO

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, são considerados prematuros ou pré-termo, os bebés que nascem antes das 37 semanas de gestação. Consideram-se prematuros extremos os bebés que nascem com menos de 28 semanas de gestação; muito prematuros entre as 28 e as 32 semanas e prematuros moderados ou tardios entre as 32 e as 37 semanas de gestação.

A taxa global de parto pré-termo (<37 semanas) é de 11% a nível mundial, variando de 5% em países da Europa a 18% em África. Assim, nascem anualmente 15 milhões de prematuros, ou seja 1 em cada 10 bebés nasce prematuro.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Pediatria, em Portugal, a prematuridade é de cerca de 8% e a prevalência de prematuros abaixo das 32 semanas de 1,2%. 

O conhecimento científico e os avanços tecnológicos permitem, atualmente, a sobrevivência de recém-nascidos de idades gestacionais cada vez mais baixas. Neste sentido, a redução da morbilidade é um dos objetivos primordiais em neonatologia. 

Os fatores de risco mais frequentes de um parto prematuro são: a idade materna, a gravidez múltipla, o tabagismo, o abuso de drogas, a diabetes e hipertensão, a restrição de crescimento e as condições genéticas.

O bebé prematuro nasce com uma imaturidade dos seus órgãos e sistemas (neurológico, cardio-respiratório, digestivo, metabólico, regulador da temperatura…) o que o torna vulnerável a algumas doenças e/ou a alterações no desenvolvimento sensorial, motor, emocional, intelectual, comportamental e social. 

Os bebés prematuros necessitam de cuidados diferenciados para conseguirem desenvolver biologicamente e sobreviver fora de um ambiente protetor que é o útero materno. Neste sentido, depois de nascerem, os bebés podem necessitar de ficar internados na enfermaria, na unidade de cuidados intermédios (UCI) ou na unidade de cuidados intensivos neonatais (UCIN), para que seja monitorizada e controlada a temperatura corporal, a respiração e a alimentação.

Dadas as problemáticas desenvolvimentais, associadas à prematuridade, torna-se essencial a intervenção o mais precoce possível no sentido de, em conjunto com a família, desenvolver um ambiente promotor do desenvolvimento do e a sua adaptabilidade ao meio. 

A intervenção concertada de uma equipa de técnicos, é essencial para intervir e capacitar a criança e a família. Com esta intervenção torna-se possível promover o desenvolvimento da criança nas várias áreas, incrementado a sua adaptabilidade e capacidade de resolução de problemas nos seus vários contextos de vida. 

Estudos científicos, ao nível da neurociência, comprovam que as redes neuronais, necessárias ao desenvolvimento típico do bebé, começam a formar-se in útero (referências internas). Nos primeiros meses de vida estas redes de neurónios têm um desenvolvimento exponencial, sendo que, as vivências que o bebé tem são cruciais à formação do sistema nervoso central e periférico (cérebro, medula espinal e nervos periféricos) e ao refinamento das referências internas.  

Ao nível do desenvolvimento sensoriomotor, o Fisioterapeuta ajuda a que a criança desenvolva competências de mobilidade no chão, sendo que a variabilidade de posturas e as transições entre as várias posições facilitam a resolução de problemas potenciam o desenvolvimento intelectual, motor, sensorial, a comunicação, a interação e adaptabilidade ao meio. 

A autonomia no chão desenvolve internamente no bebé um sentimento de autoeficácia e autoconfiança, muito importante para a componente emocional e comportamental. Neste sentido, brincar no chão permite ao bebé aumentar o seu reportório de movimento e de vivências sensoriais, força muscular, autonomia na mobilidade e adaptabilidade na exploração do meio. Desenvolve também, intelectualmente, ao solucionar problemas para contornar e ultrapassar obstáculos de modo a chegar onde quer. 

Neste sentido, a intervenção de Fisioterapia na prematuridade tem por objetivos:

  • Promover o desenvolvimento integrado das várias áreas; 

  • Desenvolver o controlo postural;

  • Facilitar a mobilidade e a autonomia, do bebé, nas transições entre as várias posturas (resolução de problemas);

  • Facilitar a vivência e a exploração do meio para integração dos vários estímulos sensoriais e a adaptabilidade ao meio;

  • Potenciar o desenvolvimento da motricidade fina na exploração de objetos variados; 

  • Desenvolver a mastigação e deglutição;

  • Desenvolver competências de resolução de problemas, através da vivência de sequências de movimentos ativas no chão;

  • Capacitar a família nos cuidados ao bebé prematuro.

  • Potenciar as competências de atenção, interação e comunicação

  • Promover uma rotina do sono.

CORPO DOCENTE

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ANA MOREIRA

  • Licenciada em Fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto

  • Mestre em Intervenção Precoce pela Faculdade de Ciências da Educação e Psicologia da Universidade do Porto

  • Doutorada em Atividade Física e Saúde pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

  • Formadora Sénior do Conceito Bobath Pediátrico - Tratamento do Neurodesenvolvimento (European Bobath Tutours Association)

  • Coordenadora Nacional do TND

  • Classificadora Sénior da CP-ISRA (Cerebral Palsy - International Sports and Recreation Association) e do IPC (International Paralympic Committee) em Atletismo

  • Prática privada.

CRISTINA LIMA ARAÚJO

  • Bacharel em Fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra.

  • Licenciada em Fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto.

  • Formação pós-graduada nas áreas da Fisioterapia em Pediatria e Neurologia.

  • Formadora do Conceito Bobath Pediátrico - Tratamento do Neurodesenvolvimento (European Bobath Tutours Association).

  • Prática clínica numa equipa de Intervenção Precoce na Infância e na APAC - Associação de Pais e Amigos das Crianças (Barcelos).

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LEONILDE MACHADO

  • Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. 

  • Especialista em Pediatria. 

  • Assistente no Centro Hospitalar Tâmega Sousa, integrando a Equipa da Consulta do Desenvolvimento. 

  • Colaboração na formação teórico-prática de alunos do 6º ano profissionalizante do curso de Medicina. 

  • Colaboradora na formação pós-graduada de Internos de Formação Específica de Pediatria e de Medicina Geral e Familiar. 

  • Autora e co-autora de comunicações e publicações em revistas nacionais e internacionais. 

  • Membro da Ordem dos Médicos e da Sociedade Portuguesa de Pediatria e da Sociedade do Neurodesenvolvimento. 

OBJETIVOS

 

O objectivo deste curso é ministrar conhecimentos teóricos e práticos sobre a intervenção de Fisioterapia em bebés pré-termo.

No final do curso, os formandos terão desenvolvido as seguintes competências:

  • Identificar a condicionantes clínicas relacionadas com a prematuridade.

  • Relacionar a idade gestacional com os padrões de postura e de movimento do prematuro.

  • Reconhecer os aspetos chave do desenvolvimento do SNC do bebé prematuro e relacioná-los com as possíveis alterações no desenvolvimento sensório-motor.

  • Identificar padrões atípicos de postura e de movimento no bebé prematuro.

  • Desenvolver competências de raciocínio clínico para a intervenção.

  • Identificar os padrões posturais e de movimento, atípicos, no bebé prematuro e as suas condicionantes no desenvolvimento motor, sensorial, percetivo, comportamental e emocional.

  • Reconhecer os aspetos relevantes do controlo postural, no prematuro, e a sua relevância para a intervenção.

  • Desenvolver competências de raciocínio clínico para a intervenção (principal problema, objetivos e plano de intervenção).

  • Identificar padrões atípicos de postura e de movimento no bebé prematuro.

  • Desenvolver estratégias de intervenção promotoras da adaptabilidade do prematuro ao meio.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

  • Aspetos clínicos relacionados com a prematuridade.

  • O desenvolvimento fetal – representações posturais e de movimento internas.

  • O desenvolvimento do sistema nervoso central no bebé prematuro.

  • Padrões posturais e de movimento no bebé prematuro e suas condicionantes no desenvolvimento motor, sensorial, percetivo, comportamental e emocional – prática entre os formandos/facilitação.

  • O controlo postural no bebé prematuro.

  • A avaliação do bebé prematuro.

  • A intervenção no bebé prematuro - facilitação.

  • Planeamento de objetivos, plano e estratégias de intervenção.

  • Estudos de caso. 

  • Raciocínio clínico.

DATAS E HORÁRIOS

 

05 e 06 de dezembro de 2020

05 de dezembro: 09h às 18h30

06 de dezembro: 09h às 16h

DESTINATÁRIOS

 

Fisioterapeutas

VAGAS

 

24 vagas

LOCAL

Centro de Formação da Formaterapia | Grande Porto

Rua Almeida Garrett, 271

4480-725 Vila do Conde

INVESTIMENTO

200€* 

Inclui manual do curso, certificado DGERT e coffee breaks

Pagamento de 100% no ato da inscrição ou em duas prestações de 50%: a primeira aquando da inscrição e a segunda até uma semana antes da data de realização do curso. No caso de pretender sugerir um plano de pagamento alternativo, envie-nos um email para info@formaterapia.com.

*Desconto de 10% para grupos de 5 ou mais inscrições.

 

NOTAS

 

  • O critério de seleção dos candidatos é a ordem de receção das inscrições.

  • A sua inscrição só será válida se nos enviar o comprovativo de pagamento e a cédula profissional/diploma de curso.

  • No caso de desistência, o valor pago apenas será reembolsado no caso da vaga ser preenchida.

  • A Formaterapia reserva-se o direito de cancelar o curso no caso de não obter um número mínimo de inscrições.

  • A realização do curso será confirmada na semana seguinte à do termo do prazo de inscrições.

Dado o clima de instabilidade criado pela pandemia de Covid-19, a realização do curso dependerá, também, de:

  • Alterações das recomendações legais em Portugal (Direção Geral de Saúde, Direção Geral do Emprego e Relações do Trabalho ou outras) e no país de residência do(a) formador(a);

  • Motivos de força maior (cancelamento de voos ou doença do(a) formador(a), por exemplo).

Haverá a possibilidade de o curso ter que ser lecionado em regime de B-Learning, com componente online e presencial.

Desaconselhamos a reserva de alojamento ou viagens sem possibilidade de reembolso. 

No caso de o curso ser reagendado, e de o aluno não demonstrar disponibilidade em frequentar o curso nas novas datas, o formando poderá optar por frequentar uma edição posterior do curso, manter o crédito para outra formação à sua escolha ou solicitar o reembolso total do montante pago. 

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